dezembro 08, 2009

papai não é mamãe

[Claro que nao sou mãe. Sou pai!]

Feriado na cidade. Chove torrencialmente desde o inicio da noite de ontem. Pouca coisa a fazer, uma certa ressaca da mudança. Vamos ter que inventar alguma coisa pra fazer com as crianças. Cinema está fora de cogitação. Numa cidade sem opções de lazer como Campinas, os shoppings [pois é só há cinemas em shoppings!] ficam lotados, muito acima de sua capacidade.

Mas não é disso que quero falar. Quero comentar a reportagem de Veja dessa semana, de onde tirei o título do post [Diogo Schelp, edição 2142, ano 42, n.49, 9/12/2009, 100-106]. Antes de mais nada, quero esclarecer que não sou leitor de Veja. Pelo contrário, faço questão de não ler a revista mais lida do país, por que a considero parcial [eu escrevera imparcial, obrigado Paloma], tendenciosa, propagadora de uma visão de mundo contaminada pelos valores de uma pequena parcela da população. Acho que falta a Veja profundidade e seriedade. Então não leio. Mas estou na casa da sogra, feriado chuvoso, acordei cedo como de costume, por volta das 6 da manhã, sozinho, nada pra fazer, resolvi passar o tempo.

A matéria me chamou a atenção, claro. Eu poderia ser um dos pais retratados na reportagem, pais que cuidam dos filhos, que dividem a tarefa de criar com a mãe e que, por circunstancias da vida, estão mais presentes do que as mães. Confesso que me espantei com a abordagem do assunto. Dei risadas com tantos absurdos, mas na verdade fiquei assustado. Há tempos não presenciava uma visão tão machista da paternidade. Achei que esta visão estava superada.

Veja diz coisas do tipo:

A influência que o pai pode ter sobre seus rebentos, especialmente quando eles ainda são bebês, é limitada por fatores biológicos. Forçá-lo a agir como se pudesse substituir a mãe pode ter efeitos devastadores. "Muitos homens se sentem emasculados nessa posição porque passam a acreditar que as formas tradicionais de masculinidade, com as quais eles se identificam no íntimo, são negativas", disse a Veja o psiquiatra inglês Adrian Lord. "A insatisfação nessa troca de papéis pode até afetar o desempenho sexual do casal."

Fatores biológicos? Quais? Sentir-se emasculado por se dedicar a cuidar de crianças? Isso não soa como uma tragédia pessoal? Caramba, a sociedade está mesmo em decadência desenfreada! Tem mais:

Analisados em conjunto, entretanto, os homens estão sendo submetidos a duas forças opostas. De um lado, a pressão das mulheres para que exerçam a paternidade de uma maneira historicamente inédita, em que várias das tarefas maternas lhes são confiadas. De outro, a limitação de ordem natural, que faz com que eles não se sintam totalmente à vontade nas novas funções.

Será que é tão inédita assim? Será que homens nunca se envolveram com os cuidados das crianças em outros momentos da historia da humanidade? E de novo a matéria fala em limitação de ordem natural! Espantoso! A explicação que se segue no texto, apesar de compreensível, não é muito convincente:

Por mais que as pessoas acreditem na versão politicamente correta da paternidade, o fato é que a maioria estranha quando os homens desempenham tarefas tradicionalmente maternas. Isso é errado? Não. "As regras sociais e culturais não surgem do nada. Elas têm uma origem biológica", diz o psicólogo evolutivo americano David Barash, da Universidade de Washington.

Só um minuto. As regras não têm apenas origem biológica. Elas têm origem também no desenvolvimento da cognição, do aperfeiçoamento da linguagem em todas as suas maneiras de estabelecer comunicação e de todo o resto que deriva desse fato, como por exemplo, estabelecimento de valores que se transformam ao longo do tempo. Mas a matéria não para aí:

Entre as características tipicamente masculinas que, em geral, são deixadas de lado quando se tenta cuidar de uma criança com a mesma dedicação de uma mãe, estão a autonomia, o gosto pela competição e a agressividade. A perda de virilidade experimentada pela maioria dos homens que se põem a realizar trabalhos associados a mulheres tem bases químicas. Experiências de laboratório mostram, por exemplo, que os níveis de testosterona no organismo caem quando o homem segura uma boneca nos braços. O efeito é o mesmo de quando o marmanjo embala um bebê de verdade. O hormônio masculino por excelência é aquele que, entre outras coisas, proporcionava aos machos humanos, nos tempos das cavernas, o ímpeto de caçar, acasalar-se – e dar uma bordoada na cabeça do inimigo. [...] A descoberta reforça a tese de que o natural para um homem é ser provedor e protetor – não um trocador de fraldas. [...] Faz sentido, portanto, que a evolução tenha moldado o organismo do homem de forma tal a diminuir os níveis de testosterona na presença de crianças – não só as suas, como as de outros. Do contrário, eles representariam sempre um perigo para aqueles serzinhos adoráveis – e gritadores, e chorões, e... irritantes.

Essa é demais! Perda da autonomia, do gosto pela competição, da agressividade. Incrível! Então, a partir dessas afirmações é possível concluir que uma mulher que veste calcas e sai pra trabalhar 8 horas por dia deve ter os níveis de testosterona alteradíssimos e devem representar um perigo para as crianças! E vem mais:

No papel de "o outro", é o pai quem estabelece o vínculo da criança com o mundo externo e lhe permite ganhar independência da mãe. O pai é essencial na formação sexual da filha, por revelar a diferença, e do filho, por confirmá-la. Pais obrigados a agir como mães podem desequilibrar essa equação. [...] Os homens não são fisicamente adaptados para cuidar dos filhos com a mesma desenvoltura que as mulheres, mas estão sendo cobrados insistentemente para sê-lo, como se isso fosse... natural, volte-se a dizer (esta reportagem, aliás, deverá causar grande indignação entre as feministas). Como nem sempre conseguem atender à exigência, são criticados ou tratados com condescendência. O resultado é frustração: o homem ingressa na paternidade disposto a ser participativo, mas se sente um inútil quando não dá conta do recado.

Já pensou no mal que isso deve fazer às crianças? Um pai que cuida! Um horror, com certeza serão crianças com uma visão distorcida do mundo! Ora, ninguém pode negar o papel preponderante da mãe em relação ao bebê. Também não se pode comparar a participação do pai com o papel de mãe. É óbvio que pai não é mãe [e mãe não é pai!]. Mas daí a afirmar que os homens não têm capacidade afetiva, cognitiva e motora [fisicamente adaptados é ótima!] pra cuidar dos filhos é, se não cômico para os padrões da sociedade de hoje, no mínimo absurdo. E acho que a matéria não vai apenas despertar a ira das feministas mas de qualquer ser esclarecido com capacidade de discernimento e ‘vivo’ no século XXI! E por fim, a cereja no topo do bolo:

Pois é. "As mulheres lutaram para conquistar seu espaço no mercado de trabalho e agora batalham para que os homens dividam as tarefas domésticas e o dia a dia com os filhos. A contradição é que elas parecem querer a ajuda de um clone de si próprias, não de um marido que faz as coisas dentro de suas limitações", diz a terapeuta de casais Magdalena Ramos, de São Paulo. "Não é de estranhar que eles se sintam falhos."

Demais afirmar que os homens se sentem falhos. Ao serem ‘obrigados’ a participar nos cuidados dos filhos e não atingirem o mesmo nível das mulheres, os homens se sentem falhos. Fantástico! Gostaria de saber que homens são esses! Um bando de retardados? Não conseguem diferenciar o cuidado que dão aos filhos do papel das mães? Não é possível! O mais estranho da matéria é que os pais mostrados como exemplos parecem caras extremamente felizes cuidando de seus filhos.

Dá pra acreditar que uma matéria dessas faz parte da revista de maior circulação do país? E a revista é considerada séria! Não dá! Fico pensando aqui qual será propósito de lançar o assunto paternidade com esse viés, com essa abordagem machista, retrógrada. Como se o papel do homem ou da mulher fosse determinado biologicamente e não construído ao longo do tempo através das transformações do contexto social e histórico em que estamos inseridos.

Eu continuo me sentindo bastante homem. Acho que até mais homem por ter somado às minhas habilidades de macho um pouco de sensibilidade, carinho, atenção, delicadeza, gentileza e tudo o mais que se possa relacionar aos cuidados de pequenos seres, futuros homens e mulheres de seu próprio tempo e lugar.

Eu gostaria muito de saber o que vocês pensam a respeito da matéria.

[É por essas e outras que não sou leitor de Veja. Se não tiver acesso à revista, leia na integra aqui: http://amigosdofreud.blogspot.com/2009/12/papai-nao-e-mamae.html ]

21 comentários:

Beta disse...

Essa matéria é um absurdo (para falar o mínimo)...visão tendenciosa e preconceituosa da paternidade.

Paloma Varón disse...

Octavio, nem li o texto da Veja (nem estes trechos eu aguento), mas li os seus e concordo totalmente com vc. Mas, pelamordedeus, corrija seu texto, que de imparcial a veja não tem nada, é totalmente parcial (no segundo parágrafo).
Beijos

Gi Bertolazo disse...

Nossa! Fiquei estupefata com a matéria! Eu já esperava reportagens com esse tipo de abordagem da Veja (compartilho da sua opinião sobre a famigerada revista), mas esses trechos são realmente assustadores! Desesperador é saber que metade do país está lendo isso e, pior, considerando um retrocesso histórico da participação dos pais na criação de seus filhos, tudo por conta desse conteúdo manipulador e machista.

Márcia disse...

Nossa! Fiquei passada que a Veja publique uns absurdos desse. Tenho dois tios que participaram ativamente da educação das filhas, deram mammadeira, trocaram fraldas, lavavam roupa e hoje estão com quase trinta anos e ninguém tem desvio de comportamento ou coisa assim. Tenho um amigo que separou da esposa quando o filho era pequeno e ele ficou com guarda da criança, fazendo todas as tarefas em casa (sem a ajuda da mãe). Aliás se eu for lembrar mesmo conheço muito homens que assumiram seus filhos sozinhos, um amigo, um antigo professor meu, o ex marido de uma amiga minha e não noto nenhum transtorno neles e nem nos filhos, pelo contrário são muito bem criados e os pais muito felizes. Não tem nem mais o que dizer, pior que deve ter gente que lê isso e tenta se encaixar na situação.

Maura Fischer disse...

Estou abismada com tamanhas barbaridades ditas nessa reportagem!!!! Tens razão, não é sequer necessário ser feminista para se indignar com isso! É por essa e outras que tb não leio a Veja.

Val disse...

Octávio,
Estou muito em falta com vcs. Prometi cartinhas que nunca chegaram. Até tentei aprontar, mas minha vida está de cabeça para baixo, sem babá, sem escola, viajando 50 km por dia para ter com quem deixar a criança, casa abandonada... essas coisas. E agora, vejo vcs indo para tão longe... Li todas as postagens sobre a mudança. Confesso que adoraria ter uma oportunidade dessas, mas confesso que mesmo tendo oportunidade não é qualquer um que tem a sua coragem e da Bia. Vou ficar devendo as cartas, mas quem sabe não chega um Postal daqui da Bahia quando vcs estiverem fora do país? Mas tô meio sem credibilidade, né? Então, resumindo, pq já falei demais, quero desejar toda a sorte do mundo para vcs, toda a felicidade e paz para essa nova etapa q se inicia. Quero dizer que chorei de saudades em algumas postagens, como se vcs fossem meus vizinhos e que acompanharei o crescimento desses três fofuchos até o pai deles começar a falar sobre os netos. Até não, inclusive. E sobre o texto da Veja, penso igual a vc: revistazinha de quinta categoria e tendenciosa ao extremo. Sou jornalista, por formação, apesar de não trabalhar na área, mas sempre usei a Veja na Faculdade como exemplo do que é ruim, do que não se deve fazer. Abçs, até sempre.

Claudia disse...

Credo, Octavio! Não li a matéria, mas nem pretendo. É o cúmulo uma coisa dessas ser publicada hoje em dia. Eu acredito que os pais têm se sentido muito mais "pais" do que os pais da geração que chegava em casa e só dava um beijo de boa noite nos filhos já banhados e prontos para ir pra cama. Os pais de hoje fazem questão, com muito orgulho e satisfação, de ter participação ativa no dia-a-dia das crianças e não deve ser diferente.
bjos

Piruetando com Ceci e Lú disse...

Oi Otávio,
Sou mãe de gêmeas de 1 ano e 10 meses e todos admiram meu marido por ser um Pai de verdade, tipo você, que participa em tudo, faz questão de estar presente desde sempre na vida de nossas meninas, mesmo quando elas eram ainda parte dos nossos sonhos. Amo muito mais ele hoje do que antes, e minha paixão se renova por ele a cada dia que o vejo cuidar delas, ou seja, sua masculinidade não foi nem um pouco abalada. Esta revistinha de 5ª categoria ainda consegue me surpreender negativamente!!!!

Parabéns pela linda e saudável família e felicidades na nova jornada,

Rose
(mãe de Cecília e Luísa e mulher apaixonada de Sionei, o pai de duas, que até blog fez para as meninas (http://paide2.blogspot.com/)).

Jane disse...

Eu tenho a mesma opiniao que vc sobre a revista VEJA. É tendenciosa, parcial.
Essa matéria é um absurdo. Dificil de acreditar em algo assim nos dias de hoje. Infelizmente numa revista considerada séria por mts pessoas e formadora de opiniões...

Mary disse...

Oie! Li pouco da reportagem e jah discordei. Meu pai sempre ajudou no serviço domestico e isso nunca nos prejudicou; crescemos com essa formação. Até breve!

Jussara disse...

Essa matéria é ridícula. Mais uma vez a Veja presta um desserviço! Não sei quando começou o envolvimento dos homens com cuidados com crianças, mas meu pai, por exemplo, cuidou mais de mim em uma certa época do que minha mãe, que trabalhava os 3 períodos fora e ainda estudava. Quando nasci ele já era coroa, casou tarde e eu fui filha raspa de tacho. Cuidava super bem de mim e nem por isso ficou menos "macho" nem se sentia diminuído por isso ( e olha que foi militar, super linha dura).
Acho que seu último parágarafo diz tudo e expressa o que muitos homens que tb cuidam ou ajudam a cuidar dos filhos pensam. Um homem que se dispõe com boa vontade a cuidar
de crianças (sejam filhos ou não) se torna um ser humano melhor.

PS: na foto é o Mario no meio e o Diogo à esquerda? Muita petulância minha tentar achar que sei quem é quem, com eles ainda bebês, mas algumas características me levaram a esse "achismo"... vou quebrar a cara, tou até vendo, rs.

Anônimo disse...

Oi Octávio,

Achei perfeita sua colocação sobre a matéria, depois dizem que estamos evoluindo...Vê se pode, ainda tem gente que pensa assim.
Aqui em casa meu marido Diogo cuida perfeitamente da minha pequena Laura e acho ótimo,as crianças são sábias e conseguem discernir bem o papel de cada um.
Aproveito p/ desejar felicidades e sorte a vcs nesta nova etapa, continuarei acompanhando a história dos tri.
E a Fabi?
Continuo aguardando...
abraços,

Ana Paula

Eliane disse...

Oi Octávio,
também não gosto da veja, de vez enqunado dava uma olhadinha, mas nunca me fez falta. Apenas um porém em tudo isso, você é um exemplo de paizão, sempre presente e cuidando muito bem dos seus rebentos, mas podemos ver por ai que você é um "oasis", são poucos os país que assumem tão bem esse papel de participarem da vida dos filhos e se sente bem de viver a peterninade de um outro ângulo. Bjkas e estamos contado os dias para a chegada de vcs.
Eliane

Unknown disse...

Olá Octávio,
Acompanho seu blog há um tempinho, mas nunca me manifestei...
Mas depois de ler o que li aqui sobre a tal revistinha (que não merece nem ser mencionada) não poderia me calar!
Tenho uma filha de 11 meses, linda a minha Beatriz (http://digravida.blogspot.com), e sou o mais participativo possível! Quero saber de tudo e dou palpite em tudo também!
Minha filha quem cria sou eu e minha esposa, não existe hoje em dia outra opção que não essa!
Como não será mais saudável o lar em que os pais se entendam, compartilhem, discutam e tomem as decisões juntos? Ainda mais sobre seus filhos???
Simplesmente ridículo esse raciocínio raso da revista!
Como pais blogueiros e participativos que somos, poderíamos encaminhar de alguma forma esse assunto a outros pais blogueiros e disseminar a ideia de que ser pai não é ser mãe, nem muito menos ser como os foram os nossos pais, mas, sim, homens que amam muito!
Topa?
P.S.: Vou escrever agora mesmo um post sobre o assunto e já aviso: vou citar este seu! :-)

Paulecca disse...

Olá Octávio,

Há tempos acompanho seu blog, o qual descobri numa noite qualquer e só fui dormir depois das 3 da manhã após ter devorado todas as postagens.
Acho que nunca comentei aqui, mas além de estar tocada pela mudança de vocês, vejo que essa crítica sobre a matéria da Veja me impede de ficar quieta. Não me surpreende algo assim sair em uma revista de qualidade inexistente. Sou jornalista de formação, mas um tanto decepcionada com o tipo de jornalismo que se é feito por aqui.
Sabe o que realmente me choca? O fato de milhares de pessoas lerem a revista sem nenhuma capacidade crítica e, pior ainda, aceitando como verdade absoluta o que é ali publicado.
Triste país esse. Fico chateada por ver o Brasil perder pessoas como você e sua esposa, mas acho que vocês estão mais do que certos em ir embora. Boa sorte no Canadá.

Abraços,

Paula

Anônimo disse...

Gente que absurdo pseudocientífico!!!!!!!!!!!!!!!!! E colocado como "verdade" numa revista de divulgação de massa!!!!!!!!!!!!!!!!! Se é para usar algum argumento "biológico" eles foram totalmete equivocados, pois o que os estudos mostram é que quanto mais monogâmico for o casal, mais o pai se envolve no cuidado aos filhos!!!!! E isso ocorre em outras espécies de primatas, além do exemplo clássico das aves!!!! Existem muitoooosss estudos que sugerem que a evolução da família humana ocorreu justamente para dar maior apoio aos filhos, pois a complexidade do cérebro humano passou a exigir muito mais cuidados (pais, avós, tios, etc, etc)do que qualquer outra espécie!!!! Pais se envolvendo no cuidado dos filhos, ao contrário do que foi dito na reportagem, seria o ápice da evolução humana!!! Sem contar na influência da cultura, valores da sociedade, etc, etc...

Luísa

Liu disse...

Sempre venho aki dar uma olhadinha nos "NOSSO FILHOS"....... sim, nossos , pq cada um que le e acompanha a esse blog se sente um pouco parte dessa familia linda.
A minha opiniao sobre essa materia é a mesma sobre"quase" todas as materias dessa revista: manipuladora.
O olhar de um pai desatento vai fazer com que ele se sinta um ET no meio de fraldas e mamadeiras, e desencoraja-lo mais ainda a embarcar nessa aventura.
Eu acho que um homem capaz de entender os papeis de pai e mae, de fazer as tarefas destinadas a eles, com desenvoltura e principalmente, um pai amoroso que faz parte integralmente da vida de seus filhos, muito mais valorizados que os outros, pq sabemos que nao é facil a tarefa de criar filhos, para ambos os sexos. E ainda tem que passar por situações como essa da materia, de ser "menosprezado" e "invasor" do territorio puramente feminino, com total tranquilidade e certo de seus objetivos, sonhos e conquistas.
Realmente, a materia foi infeliz.
Parabens pelo exemplo de pai que vc é. Seus filhos com certeza agradecerao no futuro, e sao com certeza muito mais felizes com o pai 100% presente na vida deles, do que aqueles q saem enquanto eles dormem, e chegam qdo ja foram dormir. Os chamados PAIS DE FIM DE SEMANA, que se destinam a ser apenas os PAGADORES DE CONTAS e PROVEDORES.

Anna disse...

na falta de tempo de escrever um comentário de verdade, vou reduzir a uma palavra o que achei disso tudo: bizarro!

Laura disse...

Meu Deus do céu !!!

Fiquei tão indignada que nem consegui ler tudo.... Jesus !!!

É absolutamente saudavel um pai que dividi as tarefas com a mãe...e vaj bem, eu digo DIVIDIR, mtas pessoas falam e ajudar. Pra mim, não trata-se de ajudar, pois a tarefa de cuidar e educar os filhos é dos pais, dos dois pai e mãe !!!!!

Carlos disse...

Octavio, também concordo com você. Aliás, não só a Veja, mas hoje não conheço nenhuma revista, emissora de tv ou de rádio que seja imparcial.
Que materiazinha ridícula hein... gostaria de saber que "estudo" é esse que demonstra que só de segurar uma boneca no colo os níveis de testosterona caem...

grande abraço,

Carlos

Carolina disse...

Essa revistinha é uó. Credo. O pior é que todas as matérias são assim. Ridículo. (Abraços!)