Dos livros que li nessas férias, 2 eram relacionados ao mar e 1 infantil, bili com limão verde na mão, da CosacNaify, 2008 [leia mais sobre os livros do mar aqui].
Bili é um livro fantástico. Comprei o livro principalmente por causa do autor, Décio Pignatari. Poeta, ensaísta, semioticista, membro do grupo Noigandres, fundador da poesia concreta junto com os irmãos Campos, Augusto e Haroldo [leia mais sobre Décio Pignatari aqui]. Seus ensaios sobre arte, arquitetura e poesia foram fundamentais em minha formação. É um dos autores de referencia pra mim, daqueles com que se dialoga sempre.
Bili conta a estória do dia de uma menina que vai sendo levada por suas ações e pela relação com as coisas. Ela atira coisas que desencadeiam uma seqüência de fatos que a ela retornam. E as palavras se entrelaçam, umas originando as seguintes, se encadeiam como num moto continuo, uma viagem sem destino. Uma obra de linguagem poética.
O entrelaçamento entre o projeto gráfico e a estória faz com que a narrativa ganhe espessura. Sua compreensão não pode prescindir da diagramação, das ilustrações, da cores que acompanham o texto. São uma coisa só. É uma obra primorosa.
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2 comentários:
Já coloquei na minha lista de futura leitura, parece ser muito bom e a ilustração é bem atraente.
Bjo grande.
Ps: Já tem data pra vir?
a CosacNaify tem cada coisa linda não é? E Décio Pignatari, valeu muitíssimo pela dica, vou tentar encomendá-lo daqui. Nunca li nada dele, apesar de ter um livro dele, que infelizmente está na casa da minha mãe, guardado em caixas, é não deu pra trazer tudo pra cá.
abs
madoka
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