julho 28, 2011

bricando na água

Aconteceu uma coisa muito impressionante aqui em Calgary essa semana. Na verdade, uma notícia muito tristes com tons dramáticos.

Um menino de 5 anos que passava as férias na casa da família a beira do lago, Sylvan Lake, perto de Red Deer, coisa de 150 km ao norte de Calgary, morreu afogado. Pelas notícias que li no Calgary Herald, jornal da cidade, o menino brincava no deck a beira do lago quando deve ter caído na água. A mãe e os avós estavam dentro de casa e deram falta do menino quando perceberam que estava tudo em silêncio fora da casa. Quando o acharam, chamaram imediatamente o 911 e o menino foi levado ao hospital de Red Deer.

O famoso 911 é muito eficiente. A polícia de Red Deer avisou a polícia de Calgary que foi a procura do pai do menino, que estava trabalhando em Calgary. Quando o encontraram, acharam por bem levá-lo até Red Deer. Consideraram levá-lo de carro, mas o chefe da polícia achou por bem acionar o helicóptero da polícia que já estava no ar para levar o pai até o filho. A justificativa: se deixassem o pai dirigir sozinho ele poderia causar outro acidente na estrada. [leia sobre a notícia aqui e aqui]

Errado ou não, há vozes dizendo que não é justo usar recursos públicos para caso tão espacíficop [uma hora de voo do helicóptero custa em torn de $750] impressiona como a polícia pensa em cuidar dos cidadãos, garantindo sua integridade física e emocional. Parece coisa de filme.

Contudo, o fato importante é a morte do menino por afogamento. Eu na hora pensei no meu trio, nos meus sobrinhos [minha cunhada passou um perrengue grave com o filho pequeno], os filhos dos amigos, principalmnete dos que estão no Brasil, onde o clima quente o ano todo é um convite irresistível pra brincar na água.

É preciso muito cuidado com as crianças na piscina, na praia, nas represas, nas beiras de rio. Toda a atenção é pouca. e criança tem que aprender a nadar, tem que ter instruções básicas de como se virar na água, de que cuidados tomar. deveria ser obrigatório, é uma questão de sobrevivência. Não que isso salvaria pequenas vidas do afogamento, afinal nadadores experientes morrem afogados. Mas instruir as crianças no que devem fazer já ajuda muito.

Lembro que meu pai, carioca e nadador pelo Fluminense, nadava bem o velho, sempre me dizia: o mar exige respeito, com o mar não se briga. Ele queria dizer que a gente deve deixar se levar por uma corrente ou pelo redemoinho sem lutar contra. Mantendo a calma, a tendência é voce sair da correnteza. Mais de uma vez me vi em situa,cões assim nas praias do Rio e de São Sebastião e as palavras do velho me ajudaram muito.

Claro que pensei na infância dos trigêmeos no Brasi, sempre brincando em piscinas, represas e na praia. Lembrei de como tomávamos cuidado com os três, sempre de olho neles, sempre ensinando. Sempre dando linha pra que pudessem ir ganhando habilidades com a água mas sempre de olho. Se não era a gente, tinha sempre alguém de olho. E depois, natação, aulinha de natação, fundamental. É uma ferramenta de sobrevivência, especialmente no Brasil.

Infelizmente, a notícia triste serve de alerta. Todo cuidado é pouco! E garantir que as crianças adquiram as habilidades necessárias pra se divertirem na água também é responsabilidade dos pais.

8 comentários:

Beatriz disse...

Puxa que coisa mais triste de se ler.
Temos q ter muito cuidado mesmo! Minha filha caiu na piscina com quase 3 anos de idade, ouvimos a tempo e nada de grave aconteceu, mesmo assim tratei de colocá-la nas aulas de natação e só fiquei mais tranquila qd ela finalmente aprendeu o q eles chamavam de sobrevivencia, que é saber chegar na borda da piscina.

Nani disse...

Octavio, esse eh um assunto muito comentado aqui em casa. Meu marido e eu nao temos casa propria ainda, e as vezes brinco sonhando, falando pra ele que quando comprarmos uma casa quero uma com piscina. Ele jah diz logo que NAO. Exatamente por causa desses acidentes de afogamento de criancas. Mas eu rebato dizendo que eu nasci numa cidade de praia com uma piscina enorme no condominio que morava e estava sempre lah. Meus pais fizeram questao de me colocar (e meu irmao tb) na aula de natacao quando eramos pequeninos, eu tinha 2 anos de idade (lembro da minha primeira aula). Concordo que mesmo bons nadadores as vezes podem morrer afogados dependendo da situacao, mas saber nadar eh FUNDAMENTAL para a sobrevivencia. Jah aumenta a possibilidade de uma crianca se salvar. E eu pretendo sim ensinar meus filhos (quando tiver) a nadar desde pequeninos. Ter uma piscina em casa nao significa que a crianca irah se afogar. Criancas correm risco de se afogar em privadas (acontece muito com toddlers quando caem de cabeca e nao conseguem sair porque a cabeca eh bem pesada ainda). O segredo eh a atencao dos pais, que tem que ser redrobada. Em um segundo uma crianca pode sumir das vistas e aih pronto, jah era. Tem que estar de olho.

Testes da mamãe disse...

OI, adoreiiiii seu blog, parabéns!!! Estou te seguindo, e estarei sempre por aqui lhe visitando,sou Mãe de um bebê de 11 meses, criei um blog atualmente sobre dicas e testes de produtos de bebês, se puder retribuir e seguir o blog agradeço, se puder dá uma passadinha lá,o endereço é: http://testesdamame.blogspot.com/
Bjsss

banzai disse...

Octávio,
quando acontece tragédias envolvendo crianças, a primeira coisa que vem na cabeça são os meus filhos!! Depois, a dor dos pais envolvidos, e me solidarizo, não dá pra não ficar indiferente.
Bjs e se cuidem
madoka

O Lacombe disse...

Nani, Bia e Madoka, aulas de natacao sao mesmo fundamentais. E dor de pai e mae eh do tamanho do mundo, todo mundo sente. bjs

Leonardo Cordeiro disse...

Interessante o resultado da pesquisa no site do CH. 95% das pessoas concordam com a atitude da policia.

Coisas que fazem a diferenca neste mundo.

Lali disse...

Olha, eu vivi uma situação semelhante, só que, por milagre, conseguimos salvar o garotinho, de exatos 5 anos. Até hoje, eu choro qdo me lembro, pq tiramos ele da piscina, já boiando no meio da água, mortinho! Estava verde e inchado, pensamos que não tinha mais jeito. Nunca vou me esquecer do seu rostinho, ele estava deformado, eu não conseguia reconhecer. Na hora que gritaram "tem uma criança boiando na piscina!" Eu imaginei o meu filhote, na época com 2 aninhos, que estava por alguns instantes com uma amiga minha, que brincava com ele e sua filhinha. O meu coração disparou, foi muuuuuuito terrrrrríiiiivel, desespero total! Era uma festa de aniversário, num sítio e o menino depois relatou que achou a água tãaaao linda, com luzes coloridas e decidiu pular na água, mesmo estando frio, sendo de noite e ele não sabendo nadar. A gente pensa que crianças de 5 anos já tem algum discernimento, então alguns adultos já não ficam tão de olho nelas. Ledo engano...
O moleque é primo do meu marido. Não sei bem porque, entre tantas pessoas na festa, eu fui escalada para levá-lo nos meus braços ao hospital, acho que porque estava entre os adultos com mais iniciativa, a maioria estava em estado de choque... As crianças gritavam e choravam, todo mundo rezando, e uma profissional de aducação física ia orientando o processo de recussitação. Respiração boca-a-boca, massagens cardíacas, e derrepente, o moleque cospe água!!!! Que alegria!!!!!! Mas ele continuava com a respiração ofegante e inconsciente, qdo alguém me mandou pegar ele no colo e correr p/ o hospital. E assim foi. Ficamos no celular com os bombeiros, enquanto eu ia fazendo os procedimentos indicados: "Massageia assim, faz respiração assado e o menino cospe muuuita água e começa a chorar baixinho. Depois de uma eternidade, muita buzina, p todo mundo sair da frente, chegamos ao pronto-socorro, já todo preparado para nos receber. Só no dia seguinte é que ficamos sabendo que não tinha sequelas graves, mas ele ficou internado uma semana, pegou pneumonia, mas sobreviveu, sem uma única sequela. Depois disso, a mãe foi intimada a matriculá-lo natação. Isso tem exatos 1 ano e hoje, ainda bem, o molequinho já sabe nadar!!!! Mas eu fiquei com estresse pós-traumático, sem conseguir dormir por vários dias, sempre com a lembrança da voz gritando: "tem uma criança boiando na piscina!"...

Fabiana disse...

Octavio.

Notícia muito, muito triste. Como sempre morei na praia, meu pai me colocou na natação desde muito pequena e só me deixou parar 10 anos depois.

Participava até de competição em Santos. Mas mesmo assim, me afoguei e não tinha uma pessoa para ajudar.

Crianças perdem noção, vão no embalo, mas imagino mesmo como estão estes pais.

bjs.