Então, com vinte e poucas semanas foi recomendado que a Bia fizesse uma cerclagem, um procedimento não muito comum, mas bastante realizado em mulheres que tem problemas na gravidez, que não conseguem segurar a criança. Como a Bia tinha três pequenos lá dentro e eles cresciam de vento em popa, Dr. André achou mais prudente fazer a cerclagem. Apesar da tensão que envolve uma cirurgia, correu tudo bem.
Tirei fotos de toda a evolução da barriga. Nós só compramos uma máquina digital naquela época pra poder documentar tudo. Tenho fotos muito legais. Saber o sexo dos três foi uma das coisas mais legais. É, teríamos uma menina e dois meninos! Fizemos aquele exame morfológico, num daqueles ultrassons super sofisticados, dava pra ver até a unha que ainda não nasceu. Aí vimos as primeiras feições de cada um, os pezinhos, mãozinhas. É emocionante. E meio esquisito também. Quando já sabíamos o sexo dos três, escolhemos os nomes e escrevemos no barrigão, mais ou menos marcando o respectivo lugar de cada um lá dentro.
Depois disso a barriga da Bia só fez crescer. E ficou gigantesca, sem brincadeira. Quando saíamos de casa pra pequenos passeios a pé pelo centro, as pessoas paravam pra olhar a barriga. Quem passava mais rápido que nós, indo na mesma direção, olhava pra trás pra se certificar daquilo que tinha visto. Quem passava na outra direção, parava, coçava a cabeça, incrédulo. Algumas pessoas, normalmente senhoras, falavam com a Bia, elogiavam a barriga, faziam perguntas.
Eu achava engraçado. E espantoso que a Bia conseguisse andar com aquele barrigão. E ela continuava fazendo de tudo, levando sua vida normalmente. Continuou trabalhando, lavando louça (de lado na pia), tudo numa boa. Quando ela chegou ao sétimo mês (ou trinta e quatro semanas), ela tirou uma licença, ficou uns quinze dias em casa. Ai ela já tinha um acerta dificuldade pra sentar, levantar, deitar e essas coisas. Seu passatempo predileto era montar quebra-cabeças. Montou uns três ou quatro daqueles gigantes.
Na última semana a barriga ficou estratosférica, algo nunca visto. Nisso já estávamos chegando ao nono mês, algo extraordinário para uma gravidez de trigêmeos. Por fim, ela agüentou trinta e seis semanas, tempo suficiente pras crianças se desenvolverem plenamente.
Convivi com aquele barrigão, meio insone, preocupado, sempre procurando estar preparado para qualquer eventualidade, uma complicação, um parto prematuro. Não sei se tenho saudades. Pô! Ele me tirou da minha cama por meses a fio! Me afastou da minha mulher! Nem um abraço eu podia dar sem que ele ficasse entre Bia e eu. Aquele barrigão não era discreto, não me deu sossego! Era espaçoso, um folgado! Claro, tô fazendo piada. Acho que sinto certa falta dele sim, mas naquele momento eu não via a hora que a moçadinha saísse lá de dentro!. Foi uma experiência inesquecível, mas que não vou repetir! Afinal, trigêmeos tá de bom tamanho, né?!
Tirei fotos de toda a evolução da barriga. Nós só compramos uma máquina digital naquela época pra poder documentar tudo. Tenho fotos muito legais. Saber o sexo dos três foi uma das coisas mais legais. É, teríamos uma menina e dois meninos! Fizemos aquele exame morfológico, num daqueles ultrassons super sofisticados, dava pra ver até a unha que ainda não nasceu. Aí vimos as primeiras feições de cada um, os pezinhos, mãozinhas. É emocionante. E meio esquisito também. Quando já sabíamos o sexo dos três, escolhemos os nomes e escrevemos no barrigão, mais ou menos marcando o respectivo lugar de cada um lá dentro.
Depois disso a barriga da Bia só fez crescer. E ficou gigantesca, sem brincadeira. Quando saíamos de casa pra pequenos passeios a pé pelo centro, as pessoas paravam pra olhar a barriga. Quem passava mais rápido que nós, indo na mesma direção, olhava pra trás pra se certificar daquilo que tinha visto. Quem passava na outra direção, parava, coçava a cabeça, incrédulo. Algumas pessoas, normalmente senhoras, falavam com a Bia, elogiavam a barriga, faziam perguntas.
Eu achava engraçado. E espantoso que a Bia conseguisse andar com aquele barrigão. E ela continuava fazendo de tudo, levando sua vida normalmente. Continuou trabalhando, lavando louça (de lado na pia), tudo numa boa. Quando ela chegou ao sétimo mês (ou trinta e quatro semanas), ela tirou uma licença, ficou uns quinze dias em casa. Ai ela já tinha um acerta dificuldade pra sentar, levantar, deitar e essas coisas. Seu passatempo predileto era montar quebra-cabeças. Montou uns três ou quatro daqueles gigantes.
Na última semana a barriga ficou estratosférica, algo nunca visto. Nisso já estávamos chegando ao nono mês, algo extraordinário para uma gravidez de trigêmeos. Por fim, ela agüentou trinta e seis semanas, tempo suficiente pras crianças se desenvolverem plenamente.
Convivi com aquele barrigão, meio insone, preocupado, sempre procurando estar preparado para qualquer eventualidade, uma complicação, um parto prematuro. Não sei se tenho saudades. Pô! Ele me tirou da minha cama por meses a fio! Me afastou da minha mulher! Nem um abraço eu podia dar sem que ele ficasse entre Bia e eu. Aquele barrigão não era discreto, não me deu sossego! Era espaçoso, um folgado! Claro, tô fazendo piada. Acho que sinto certa falta dele sim, mas naquele momento eu não via a hora que a moçadinha saísse lá de dentro!. Foi uma experiência inesquecível, mas que não vou repetir! Afinal, trigêmeos tá de bom tamanho, né?!
Um comentário:
Que bacana o relato! Deve ter sido, mesmo, uma aventura e tanto! Trigêmeos! Mas como valeu a pena, eles são lindos e super-carismáticos!
Parabéns a todos!
Bia (xará).
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