maio 08, 2008

Os nomes

Escolher nomes não é uma tarefa das mais fáceis. Quem tem filhos sabe que escolher o nome do futuro serzinho é delicado. Se escolher um é difícil, imagina três! Tivemos sorte porque ninguém interferiu, deu palpite ou coisa assim.

Nós queríamos nomes curtos, fortes, marcantes. Nada de nomes compostos. Ou parecidos porque seriam trigêmeos, queríamos manter a singularidade de cada um. No fim, Bia me deixou livre pra escolher os nomes. Acho que ela queria me dar alguma outra participação na história, já que no negócio da barriga ela era a protagonista e eu mero coadjuvante. Eu só tinha que apresentar as sugestões para aprovação final. Acho que pensamos seriamente nuns sete ou oito nomes. Fizemos a numerologia, consultamos dicionários de nomes, apelamos para interpretações esotéricas, telúricas, holísticas, transcendentais (haha). Falávamos os nomes em voz alta, ‘será que vamos agüentar falar esses nomes milhares de vezes ao longo da vida?’ Eu fazia piadas como nomes estapafúrdios, combinando três que fizessem rimas: Ermenegilda, Felisberto, e Florisbelo ou Fausto, Floro e Gaia. Nomes são coisas complicadas, alguém escolhe o nome do outro e mudar de nome não é tarefa muito fácil.

Por fim ficamos com Diogo, Laura e Mario. Difícil explicar por que. Diogo, porque é um nome forte, um pouco incomum. Mario era o nome de meu avô paterno, um avô querido, carinhoso. Também incomum atualmente. E Laura porque eu, particularmente, acho lindo. E talvez porque eu tenha uma tia Laura que é fenomenal. Uma mulher forte, vigorosa, inteligentíssima. Foi dona do colégio Gávea em São Paulo e depois virou dona de pousada nas serras fluminenses. Tudo que faz, faz com competência admirável. Uma das estórias mais legais da Laura foi contada pelo Mario Prata [em Meus homens e minhas mulheres], que foi casado com sua filha. A estória é mais ou menos assim: ela dirigia o colégio e um pai de aluno foi até ela reclamar que o filho não havia passado em matemática. ‘Minha senhora’ ele dizia, ‘meu filho vai ser um diretor, vai cuidar de seus próprios negócios, vai ter assessores pra fazer esse tipo de contas’ e Laura respondeu: ‘meu senhor, nesse colégio formamos assessores’.

A partir de então ficamos esperando Diogo, Laura e Mario chegarem.

2 comentários:

Cecilia Brandao disse...

oi Otavio e Bia,

Estou adorando ler sobre os seus "rebentos". Dei boas risadas com a historia da Deusa - kkkkk. Posso imaginar a mistura de emocoes pelas quais vcs passaram. Alguns meses atras descobri q estava gravida de gemeos e ficamos perplexos por dias. Imagine entao trigemeos!! As minhas sementinhas, porem, nao cresceram e tenho agora mais dois filhos no ceu, alem do meu lindo Matheus!! Vou acompanhar o blog para saber mais sobre a saga! rsrs

abracos

Cecilia

O Lacombe disse...

Cecilia,
perplexidade eh uma palavra que define muita coisa quando se trata de gemeos!
que bom que voce esta nos lendo!
Abracos,