Parecia impensável ficar sem babá, apesar da Bia estar em casa nos 4 primeiros meses. Mas ela já se preparava pra voltar ao trabalho, já estava meio cansada de ficar em casa. As moças que trabalhavam em nossa casa eram boazinhas, davam conta do recado. E gostavam das crianças, o mais importante de tudo. Uma delas, a Carioca, nutria uma paixão pelo Mario, que era risonho e bonzinho, às vezes dado a cantorias em alto volume. Elas vinham de segunda a sábado e faziam turnos com horários diferentes, então tínhamos alguém conosco por 12 horas. Aos domingos ficávamos sozinhos com os trigêmeos, por que normalmente íamos à casa da vovó Maria e sempre tinha gente pra ajudar por lá. Minha mãe tirava umas folgas no domingo ou durante a semana, porque ninguém é de ferro, né!
Quando a Bia voltou ao trabalho, dispensamos minha mãe da função de dormir em casa pra nos ajudar. Os horários das mamadas, depois dos 4 meses foram mudando, o tempo entre elas aumentando. Pra ajudar, eles seguravam sozinhos as mamadeiras, até à noite. Com Bia e minha mãe fora durante o dia, o esquema funcionou muito bem, no azeite. As babás assumiram as tarefas com os 3: mamadeiras, fraldas, banho, passeio e por aí vai. O período da noite ficou por nossa conta e também foi relativamente tranqüilo.
Mas por que cargas d’água eles resolveram ficar sem ninguém à noite. Bom, primeiro porque nós já não agüentávamos mais a falta de privacidade que resulta de ter sempre alguém em sua casa, por mais da família que seja. Queríamos ficar sozinhos, nós 2 novamente e nós 5, já que nunca ficávamos sós com as crianças. Esse é o segundo motivo, queríamos ir criando laços com os trigêmeos sem a interferência de ninguém, laços familiares, laços entre pais e filhos. Com o tempo fomos aumentando cada vez mais o tempo em que nós 2 ficávamos com eles. Não vou dizer que foi fácil, mas que foi maravilhoso foi.
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