junho 04, 2008

Mamãe! Cadê você?

A Bia voltou feliz da vida ao trabalho. Sempre foi super competente, pra não dizer caxias. Logo que voltou, recebeu uma proposta para exercer uma nova função, de caráter regional. Então, tinha que viajar pelo estado de São Paulo e às vezes pra outros estados. Ela adorou, pegou o desafio e mandou ver. Mas isso significava que eu passaria as noites sozinho em casa com os trigêmeos. Sim, porque eu preferia enfrentar o desafio de ficar sozinho com os 3 do que ter a companhia de alguém, que apesar da ajuda que me daria, me tiraria a privacidade.

Então Bia viajava 3 ou 4 noites por semana, quase todas as semanas. Algumas viagens eram mais longas, a semana toda. E ficava eu com os trigêmeos. Não foi mole não! Foi difícil! Mas eu até que gostava. E muito! Aprendi muito com eles, sobre eles e sobre mim mesmo. E eles puderam me conhecer muito bem. Estabelecemos uma relação muito intensa e de muito respeito mútuo.

A parte mais difícil era colocar no berço à noite. A mais gostosa acordá-los de manhã. Ou acordar com eles, ser acordado por eles de manhã. Eles sempre acordaram muito cedo e eu também sou um cara matutino, apesar de gostar da boemia. Eles acordavam por volta das 5 da manhã, mamavam e não queriam mais dormir, queriam brincar. E eu me divertia com eles até a hora em que a babá chegava pra me render, às 6 da manhã, pra que eu pudesse me arrumar e sair pro trabalho.

Até hoje os 3 acordam bem cedo. E eu acho que esse é o melhor período da criança, logo que ela acorda. Ela acorda animada, sorrindo, com as baterias recarregadas, descansada, louca pra explorar o mundo, ver, tocar, conhecer, aprender. Aquela hora matinal que passava com eles era encantadora. Fiz fotos e mais fotos dos 3 nessa horinha. Era a hora da minha farra com eles e eu saía pra trabalhar feliz da vida.

Apesar de tudo, era difícil ficar sem a Bia. Afinal, eram 3 bebês pro pai cuidar. Eram 3 crianças sentindo falta da mãe. Às vezes dava uma certa tristeza, uma angústia de estar sozinho. Nunca reclamei disso, não achava justo com a Bia. Ela tinha a carreira dela e eu sempre dei muita força pra que ela alcançasse os objetivos que almejava. Minha agenda era muito mais tranqüila, eu tinha pelo menos um dia livre por semana e conseguia chegar em casa às 5 ou 6 da tarde. Uns 3 anos se passaram assim. Eu sempre curti muito cada fase que passamos, por que sei que o tempo voa, não volta a trás e só deixa a saudade.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nao sei se foi bem assim!! Nao lembro que voltei feliz da vida pro trabalho. Acho que eu sentia preocupacao com o futuro, deles, nosso, preocupacao com $$$ e uma certa ansiedade de como seria trabalhar com hotel, que gira 24 horas, e de repente ter tres filhos de uma vez. Lembro que foi bastante angustiante durmir longe das criancas, longe de voce e de casa... Ainda bem que consegui voltar para Campinas, hoje sei que nunca estive tao contente no trabalho e em casa.

um grande beijo

bia

K disse...

Humm... não sei como vai ser com o meu filho, então. De manhã eu não sou ninguém, levo um bom tempo pra pegar no tranco...

Ficar sozinho com os trÊs não deve ter sido fácil! Acordar às cinco e ir trabalhar! Aff... canso só de pensar.

Beijo,

K.

O Lacombe disse...

Bia,
ainda bem que ja passou essa fase. E melhor ainda estarmos preparados para as proximas fases que, se melhoram de um lado, pioram de outro...c'est la vie...
beijao

O Lacombe disse...

K!
acho que quando os filhos vem umas coisas mudam na gente...
Gostei muito dos seus comentarios e de saber que voce esta acompanhando o blog.
valeu!