setembro 04, 2008

Memórias – O começo de tudo [1] – O primeiro encontro

Já que vou resgatar coisas das minha memórias, achei que seria legal contar como tudo começou de fato, desde o começo, quando encontrei a Bia. É rápido, vamos lá!

. . .

Na verdade, tudo começou muito antes, quando conheci a Bia, em 1995. Eu cursava o mestrado em Multimeios no Instituto de Artes da Unicamp e logo formamos um pequeno grupo de amigos. Nos reuníamos com freqüência para tomar cerveja e falar sobre nossos projetos de pesquisa e, principalmente, para relaxar e falar da vida. Suzana estudava música no cinema, Kieslowski, Pierre Boulez; Índia estudava a obra de Win Wenders, Fabio estudava as tecnologias de informação na arquitetura, André fotografia digital e eu videoarte. Suzana e Índia moravam juntas numa casa em Barão Geraldo, próximo a Unicamp e naturalmente sua casa se transformou no nosso ponto de encontro. Volta e meia fazíamos um jantar, uma pequena festa. Quando não, nos encontrávamos na casa delas e íamos a algum boteco ali por Barão. Um dos nossos preferidos, tanto pelo preço como pela comida era o bar da coxinha. Lugar simples, despojado, servia cerveja gelada e entre outros petiscos a famosa coxinha que dava nome ao lugar. Era realmente deliciosa, feita pela mãe do dono, que cuidava do bar com toda a família.

Numa dessas idas ao bar da coxinha, apareceu a namorada do André. Loira de cabelos compridos e enrolados, falante, aparentando estar muito segura de si, vestindo umas roupas pretas e levando em punho um daqueles tijolões que eram os primeiros celulares. Chegou depois de todo mundo, sentou um pouco, tomou uns copos de cerveja, falou no celular com duas ou três pessoas e se mandou. Não deu atenções especiais para o namorado e nem pra nenhum de nós. O que sei é que me chamou bastante a atenção. Era bonita, de uma beleza diferente, tinha um espírito livre e me causou uma impressão bem duradoura. Fiquei sem encontrá-la novamente por um bom tempo e sempre que surgia uma oportunidade perguntava, discretamente, ao André sobre ela. Nessa época eles já não estavam se dando tão bem, como depois fiquei sabendo pelo próprio André.

[Eu tinha, então, 35 anos. Gostava da vida de solteiro que levava mas estava ficando cansado]

continua...

Um comentário:

Elaine Bittencourt disse...

Vou ficar atenta p/ ler a continuacao.

35 anos e solteiro. Deve ter sido uma mudanca e tanto quando vc casou e depois quando os trigemos chegaram, nao?