O dia não poderia estar mais perfeito. Céu azul, sem uma única nuvem, sol, calor. As crianças acordaram de bom humor, numa expectativa efervescente, loucas pra ir logo pro parque, que só abriria às 11 horas. Foram 3 longas horas de espera pra eles que significaram, pra mim, a possibilidade de ler meus articulistas preferidos no jornal.
Bia passou 5 dias no hotel em frente ao Hopi Hari, numa convenção da empresa onde trabalha. Apesar das crianças ficarem enciumadas e com saudades da mãe, o fato de Bia trabalhar no ramo hoteleiro que lida com o setor de turismo, nos propicia essa oportunidades. O Hopi Hari é um parque caro para os padrões brasileiros. Além do ingresso, caríssimo, na minha opinião, o que se vende lá dentro tem preços extorsivos. Quer um exemplo? Uma garrafinha de 300ml de água sai por R$ 4. Segundo a Bia, a razão é que os brinquedos são todos importados. Então, eles se acham no direito de importar os preços também. Graças aos contatos da Bia, economizamos o valor dos ingressos. E como já conhecíamos os preços do parque, levamos nosso pequeno farnel e uma garrafa de 2 litros de água. Claro que tivemos que comprar pipoca, refri e sorvete, mas isso faz parte, não tem jeito.
Apesar dos valores exorbitantes, o parque estava cheio, o que sempre me deixa encafifado. Logo na entrada, filas enormes. E a primeira surpresa: 80% das pessoas era de maiores de, digamos, 15 anos ou pessoas grandes, no olhar das crianças. Fico pensando o que se passou pela cabeça deles ao constatar que eram minoria no parque de diversões. O que está acontecendo, deviam estar se perguntando? E ficaram os 15 minutos de fila grudadinhos na gente.
De cara, minha impressão foi: ‘hum, vai ser um PDI!’ PDIs não são comigo, não gosto de lugar cheio, não gosto de fila, não gosto de esperar, não gosto de gente esbarrando em mim, sem pedir desculpa ou licença. Pois é, não gosto, fazer o que. Pra piorar, 70% dos maiores de 15 deviam ser menores de 20 e nessa idade eles não estão muito preocupados com os outros. Nunca fui fã de multidões, especialmente em lugares fechados. Sim já respondo logo, não vou a shows, desde que tenho 20 e poucos anos. Mas fui ao Festival de Iacanga, o segundo, tá bom! Pelo menos era num espaço aberto. E posso garantir que foi uma experiência única na vida.
Pra quem não sabe, PDI é o famoso programa de índio. Não sei por que os índios ficaram com essa pecha de fazer programa ruim, nada contra eles, não. E programa de índio é legal, não é? Nadar pelado no rio, andar de canoa, subir em árvore, atirar de arco e flecha, pescar...Enfim, é uma expressão que meu pai adorava usar. Tudo pra ele era PDI. Invariavelmente ele perguntava: ‘E aí, qual vai ser o PDI desse final de semana?’ E ele pulava fora de todos! Quem gosta bastante de PDI é minha irmã mais nova. Aliás, ela é especialista. Acho que se tornou especialista em PDI só pra implicar com meu pai.
Bom, vamos lá, 15 minutos de fila depois, estávamos dentro do parque. Sentamos os três numa mureta à sombra pra dar as informações e regras do passeio pros 3. Cuidado pra não se perder, prestar atenção onde estão mamãe e papai, não aceitar ajuda de estranhos, essas coisas que poderíamos passar sem mas, infelizmente, são recomendações necessárias. Finalmente estávamos prontos pra brincar. E eles curtiram muito.
Bia passou 5 dias no hotel em frente ao Hopi Hari, numa convenção da empresa onde trabalha. Apesar das crianças ficarem enciumadas e com saudades da mãe, o fato de Bia trabalhar no ramo hoteleiro que lida com o setor de turismo, nos propicia essa oportunidades. O Hopi Hari é um parque caro para os padrões brasileiros. Além do ingresso, caríssimo, na minha opinião, o que se vende lá dentro tem preços extorsivos. Quer um exemplo? Uma garrafinha de 300ml de água sai por R$ 4. Segundo a Bia, a razão é que os brinquedos são todos importados. Então, eles se acham no direito de importar os preços também. Graças aos contatos da Bia, economizamos o valor dos ingressos. E como já conhecíamos os preços do parque, levamos nosso pequeno farnel e uma garrafa de 2 litros de água. Claro que tivemos que comprar pipoca, refri e sorvete, mas isso faz parte, não tem jeito.
Apesar dos valores exorbitantes, o parque estava cheio, o que sempre me deixa encafifado. Logo na entrada, filas enormes. E a primeira surpresa: 80% das pessoas era de maiores de, digamos, 15 anos ou pessoas grandes, no olhar das crianças. Fico pensando o que se passou pela cabeça deles ao constatar que eram minoria no parque de diversões. O que está acontecendo, deviam estar se perguntando? E ficaram os 15 minutos de fila grudadinhos na gente.
De cara, minha impressão foi: ‘hum, vai ser um PDI!’ PDIs não são comigo, não gosto de lugar cheio, não gosto de fila, não gosto de esperar, não gosto de gente esbarrando em mim, sem pedir desculpa ou licença. Pois é, não gosto, fazer o que. Pra piorar, 70% dos maiores de 15 deviam ser menores de 20 e nessa idade eles não estão muito preocupados com os outros. Nunca fui fã de multidões, especialmente em lugares fechados. Sim já respondo logo, não vou a shows, desde que tenho 20 e poucos anos. Mas fui ao Festival de Iacanga, o segundo, tá bom! Pelo menos era num espaço aberto. E posso garantir que foi uma experiência única na vida.
Pra quem não sabe, PDI é o famoso programa de índio. Não sei por que os índios ficaram com essa pecha de fazer programa ruim, nada contra eles, não. E programa de índio é legal, não é? Nadar pelado no rio, andar de canoa, subir em árvore, atirar de arco e flecha, pescar...Enfim, é uma expressão que meu pai adorava usar. Tudo pra ele era PDI. Invariavelmente ele perguntava: ‘E aí, qual vai ser o PDI desse final de semana?’ E ele pulava fora de todos! Quem gosta bastante de PDI é minha irmã mais nova. Aliás, ela é especialista. Acho que se tornou especialista em PDI só pra implicar com meu pai.
Bom, vamos lá, 15 minutos de fila depois, estávamos dentro do parque. Sentamos os três numa mureta à sombra pra dar as informações e regras do passeio pros 3. Cuidado pra não se perder, prestar atenção onde estão mamãe e papai, não aceitar ajuda de estranhos, essas coisas que poderíamos passar sem mas, infelizmente, são recomendações necessárias. Finalmente estávamos prontos pra brincar. E eles curtiram muito.
Ficamos entre esses brinquedos, indo e vindo, repetindo a dose de cada um. Laura ainda foi com a Bia numa montanha russa mirim e nuns balões que giravam pendurados no ar, mas os meninos não quiseram ir. Não foram em nenhum brinquedo de rodar ou de subir e descer. Acho que puxaram ao pai. Eu fico a quilômetros de distância dessas coisas. Só tenho pena de nunca ter andado na montanha russa, mas com a fila enorme, não me animo. E pra minha surpresa, eles não gostam de roda gigante. Segundo eles, é muito parado.
Tomamos muita água, alguns sorvetes, fizemos nosso lanche e assistimos a um pequeno show da Vila Sésamo. Curtíssimo. Os 3 gostaram e perguntaram diversas se os personagens eram de verdade: ‘eles são de verdade?’ São, são de verdade!
Fomos embora com o sol querendo se por. Eu estava cansado. Eles, quebrados. Na saída ainda passamos por uma lojinha de lembrancinhas, um centro de extorsão especializado. Estabelecemos um limite de preço e compramos as porcarias, digo lembrancinhas que, claro, já começaram a quebrar. Eu fico revoltado, as crianças, numa tristeza, numa decepção sem fim.
Enfim, o PDI não foi tão PDI assim. No carro, perguntei qual o brinquedo que eles mais gostaram. Pra minha supresa, eles foram quase unânimes na primeira opção: o carrossel. A Laura gostou mais do chuveirão, o segundo na preferência dos meninos. No final de tudo, a conclusão é que eles não precisam de muita pirotecnia pra se divertir. Gostam mesmo é de brincar na água e dos bons e velhos brinquedos que alegram as crianças a séculos.
7 comentários:
Que delícia de domingo...
Que delícia de passeio, Octávio! Acho muito bacana fazer esses passeios com as crianças, pois nos dá a oportunidade de reviver coisas de nossa infância e de ver, de novo, as coisas pela ótica inocente das crianças. Acho que a gente sempre ganha um novo brilho no olhar, através dos olhos deles, não é mesmo?
Boa semana!
sabia que vinha estória legal desse domingo!
Quem me dera que todos os meus PDIs fossem como esse....rs
beijos
Estava aguardando as fotos, engraçado como a gente cria um vínculo com os blogs! Estou quase terminando de ler o blog dos Trigêmios, é um dos meus programinhas de fim de semana. Bom, não pude deixar de notar as suas observações recorrentes acerca das questões financeiras e logísticas em diversos posts. Longe de ser uma crítica, apenas uma observação dessa sua característica necessária quando se fala da gestão de uma família com 3 crianças. Você adquiriu essas habilidades após o nascimento dos pequenos, ou na sua vida de "solteirão" e de "boêmio" já tinha essa habilidade? Abraço.
Olá, Octávio! Há algum tempo acompanho seu blog. Apesar de não ser participante ativa, estou sempre por aqui. É um cantinho muito gostoso de ler!
Hoje não me segurei em vir dar um pitaco.^^ Lendo sobre o dia de vocês no parque, me lembrei do Beto Carreiro. É o mesmo esquema do Hopi Hari: caro! Hehehehe. Mas tem uma vantagem legal, especialmente para seus filhotes: aniversariante não paga a entrada. Imagina só a economia de vocês, indo comemorar o aniversário do trio!! =)
que delícia, nada de pdi... (adorei a observação sobre o contra-senso - como será que ficou essa palavra na nova regra? - da expressão! nunca tinha pensado nisso.)
eu vou amar quando meu filho tiver idade pra essas coisas, tenho o maior saudosismo do playcenter...hehehe
a propósito, minha sobrinha foi comemorar os 15 anos no hopi-hari... imagino como deve estar cheio dos temíveis adolescentes por lá...
Arrepios...
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