É impressionante a capacidade que esses pequenos tem de dizer coisas desconcertantes. Assim, do nada, o Mario me pergunta:
‘Pai, você vai ser meu pai pra sempre, né?’
E eu fico pensando se ele achava bom o ruim que o pai fosse pra sempre. Resolvi responder num tom resignado:
‘É, Mario, não tem jeito, vou ser seu pai pra sempre.’ E ele:
‘Pelo menos enquanto eu quiser, né, pai?’
De novo, minha cabeça começou a trabalhar, tentando descobrir a motivação do menino. Em tese é isso mesmo, um dia o cara sai de casa, pra estudar, começa a trabalhar, quer seu canto, quer casar. Claro que o pai é sempre o pai, e filho sempre filho, mas a relação muda de ângulo. Tive que concordar com ele:
‘É filho.’
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3 comentários:
Saí de casa há dois anos, pra estudar. A relação muda de ângulo, como você falou, mas quando os vínculos são sadios, como o que acredito que será e é entre você e seus filhos, às vezes essa mudança é muito boa! No meu caso, vejo meus pais de 6 em 6 meses, e aproveitamos pra viajar juntos e aproveitar essa fase, e viajar como se fôssemos um grupo de amigos... Beijos
Poxa...
Fiquei preocupada...
Vamos aproveitar ao máximo o ângulo que estamos.
Eu estou desconfiada que sou meio parecida com minha avó paterna. Ela não conseguiu ir ao casamento de nenhum filho ! (sete!). Passava muito mal... (que peça rara essa avó portuguesa com certeza). Depois passava, ela ficava bem.
...
E a novela Caminho das Indias ? Acabou mesmo ?! Ah não ! Estou deprimida... Juro.
Geniais as perguntas dos pequenos. Os seus sendo três, me espanta que você tenha tempo pra respirar.
Legal ler essas histórias, com agá.
Grande abraço
Renato
http://diariogravido.blogspot.com
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