dezembro 01, 2010

what

Todos os dias de manha encontro o avô de duas meninas que pegam o mesmo ônibus que as crianças. Converso com ele todas as manhãs. Não lembro o nome dele, sei que é descendente de escoceses. Vou chamá-lo de Mr. Scot. E um dia Mr. Scot me perguntou:
Qual a coisa que você achou mais diferente, que mais te chama a atenção aqui no Canada? [Pergunta meu meu genro, RJ, também me fez quando passou por aqui em junho passado.]

Não soube responder na hora, mas fiquei com a pergunta na cabeça. E hoje, acho que minha reposta é:

As pessoas, sua bondade, sua generosidade, disponibilidade, amabilidade. Perdi a conta de quantas pessoas se dispuseram a nos ajudar com qualquer coisa, mínima que fosse. Pessoas que a gente nem conhece direito. Isso pra mim é muito diferente. Acho que é uma das coisas que distingue esse país. Eu não tinha essa experiência no Brasil.

7 comentários:

Paloma Varón disse...

isso nos surpreende nos países frios, porque não imaginamos que seja assim. Eu senti muita generosidade em NY, lugar onde não esperava nada parecido.
Mas não posso reclamar, também já recebi isso em São Paulo, quando cheguei da Bahia.
Já aqui em Brasília o povo nem olha na cara. Incrível, porque aqui tem gente do brasil inteiro, Nordestes inteiro é o povo é muuuito metido a besta. Ninguém fala com ninguém, ninguém se dispõe a ajudar, ninguém se interessa pelo outro. Pior para eles!
Beijos

Canadá o Caminho do Coração disse...

Oie Meu Querido!
Como vai? Espero encontrá-lo bem.
Sigo seu blog a pouco tempo, gosto bastante...mas hj eu não ressisti seu post, pois eu me emocionei mesmo, quando li no blog de um casal que está ai no CA,quando ela ainda estava grávida, passeando com o marido em um parque lindo, com várias pessoas fazendo pique-nic...uma família após terem feito churrasco etc...fizeram um prato de comida e mandaram para ela, dizendo que ela sentiu o cheirinho e que o bebê ia ficar com desejo!
Pensa que coisa linda, né?
Pessoas generosas, etc...
Confesso que desejo com toda a força da minha alma tudo isso, pois não consigo (e nem quero), me acostumar com pessoas grossas, mal educadas,que não te respondem qdo a gente as cumprimenta, falta de amor etc...eu fico tão triste...aff!
Confesso que fiquei felizZ quando li hj seu post...os semelhantes estão cada vez mais se atraindo né? rsrsrs Espero em breve estar aí com vcs.
Parabéns pela família linda de viver!
Abraço Fraterno!

Anônimo disse...

eu concordo contigo, porque só de te ler, acompanhar todo o processo de mudança, os vizinhos solidários, enfim tudo que vc fala resume nisso:generosidade. Dificilmente vamos encontrar um lugar assim né? será que é caractérística da cidade onde vc mora? As vezes ficou cabreira, porque na escola japonesa onde trabalho , tem um canadense, fico pensando porque cargas d´àgua ele veio morar aqui?
abs
madoka

Anônimo disse...

Olá Octavio, tudo bem?
Eu leio sempre teu blog, mas nunca comento.
Mas faço a maior propaganda dele por aqui, porque eu adoro os textos e a ideia de se criar trigemeos.

Ontem estava conversando com uma colega de sala sobre teu blog, de repente ela me perguntou:
- Trigemeos? Qual o nome dele?
- Não lembro... sei que ele é de Campinas.
- Octávio?
- Isso, Octavio!
- Octavio Lacombe? Conheço ele, era meu professor no curso de arquitetura!

Olha só que mundo pequeno... sou fã dos teus textos e descubro que temos menos de 2 graus de separação! Hehehe....

Ps1: não esqueço mais teu nome ;)
Ps2: o nome dela é Jamile

Abraço!

Carlos ( KK ) disse...

Fala Octavio!
Beleza?
Cara... queria te ligar pra saber como estão as coisas, se deu certo no emprego... etc..

Mas, não tenho seu número... me manda por e-mail?

Valeu

Anônimo disse...

Caro Octávio, também vivenciamos o mesmo aqui, na Nova Zelândia. É realmente algo incrível a disponibilidade dos kiwis em ajudar. Não é por nada que o voluntariado é lugar comum no país. Mas tem também o outro lado que eu não entendo, que é o dos brasileiros que estão chegando e acham que você tem obrigação de ajudá-los só porque é brasileiro também.Eu cai nessa no começo,mas agora não cola mais comigo.Eles vem, sugam o que podem e desaparecem. Um abraço e até a próxima!Márcia de Noriê

Jussara disse...

Muito bom encontrar esses valores por aí, a começar pelos seus vizinhos, maravilhosos e prestativos.
Não posso dizer das outras cidades, mas na minha as pessoas ainda são solidárias, calorosas e acolhedoras (e não sou eu quem digo, são as próprias pessoas de fora).
Concordo com a Paloma: em Brasília ninguém nem olha pra sua cara, são pessoas indiferentes e muito mal educadas (constatei isso nas vezes em que estive lá).