Faz um mês que estou trabalhando. Um mês trabalhando pesado. Nunca imaginei que fosse fazer esse tipo de trabalho, mas quando comecei a pensar em mudar pra cá eu me dispus a fazer qualquer coisa. Vim pra cá sabendo que teria que fazer coisas bem diferentes. E acho que isso é parte da mudança, é parte do projeto de uma vida nova num país diferente, do recomeço numa nova cultura.
Mesmo sabendo disso, mesmo disposto a começar do começo em algo diferente, quando comecei a procurar emprego, buscava vagas nas áreas em que achava que tinha qualificação pra atuar: universidade, gerente de propriedade, design, urbanismo. Mas não obtive muita resposta. Depois fui mudando pra posições em que eu achava que tinha alguma finidade e que meu currículo favorecia. Também não tive muita sorte. Então me candidatei a posições intermediárias. E nada. A cada passo desse, meu currículo ia mudando, ficando mais enxuto, menos elaborado, com menos conteúdo, digamos.
Enfim, depois de um tempo, passei a procura qualquer coisa e a mandar emails pra vagas que nem currículo pediam. Nem assim funcionou. E continuei nisso por meses. Nada. Nesse meio tempo apareceu o blog da Fisher-Price e fiquei feliz em receber o convite pra escrever profissionalmente. E continuei mandando emails pra todos os tipos de vaga em que eu achava que podia me encaixar, em qualquer nível. Até o dia em que recebi uma ligação e um recado no meu telefone.
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Um comentário:
Caro Octávio! Também passamos pelo mesmo. Entendo perfeitamente a sua angústia e ansiedade. Eu acho que esta foi uma das etapas mais dificéis da gente encarar, embora o nosso pensamento fosse: nova vida, "vamo" lá, "vamo" à luta!. Mas na prática não é bem assim. Graças a Deus que só durou poucos meses para o Paulo(arquiteto)e para mim ainda não terminou.O melhor que consegui foi um trabaho por comisssão, dentro da área que eu gostaria. Então, pra garantir um fixo semanal, trabalho no que pintar. Talvez ajudasse se vc contratar alguém pra lhe colocar no mercado. Foi assim para o Paulo(felizardo que mora comigo). Um abração e força na peruca! Márcia de Noriê
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